Nascimento

Muitos dos nossos amigos lembram-se da Carla (nas reuniões do PAJOV), de sua irreverência, do seu afinco em como defendia os seus ideais, sempre pronta a dispensar o seu tempo para colaborar ou organizar os projectos do PAJOV, e da entrega que ela colocava nesses mesmos projectos. Certamente se lembram da constante boa disposição dela e de como por vezes largava tudo só para ajudar alguém.

Claro que se devem lembrar do Johnny o “montanelas”, aquele gajo descontraído, mais interessado em desfrutar da vida do que em ter projectos. Claro que não era malandro, mas entre ter responsabilidades e farra, evidentemente escolhia FARRA. Tinha uma maneira muito peculiar de ver a vida: “Pr’a frente é o caminho e o que foi não volta a ser”.

Revisitando estas lembranças, pergunto eu (e perguntam vocês) como é possível que duas pessoas com maneiras de ser e estar notoriamente distintas, criaram um projecto de vida em comum e para toda a vida. É claro que isto é amor. O amor transforma e constrói, mas julgo que é mais do que isso, e o que é então? Sinceramente não sei responder.

... e continua...

Esta história tem já 11 anos de linhas.
Como todas as histórias as difuculdades assomaram junto das nossas portas, mas só fez com que os nossos laços fossem reforçados.
Ao inicio era tudo uma descoberta, os sorrisos, as piadas, as viajens, os amigos, a famíla, depois, com o poeder do amor, tudo se foi tornando mais consistente, mais forte, mais real, mais sincero, mais genuíno, mais...
Na caminhada da vida, que nos separou fisicamente durante 5 anos, descobrimos que, mesmo longe, era assim que queríamos encarar a vida, sempre juntos, com a certeza de que a dois era mais bonito, com a certeza de que os dois, juntos, seria mais fácil, mais bonito ultapassar as dificuldades, as tristezas, as alegrias.
Esta história sempre teve a benção das famílias, isso fez sempre que nos sentíssemos mais seguros e ao mesmo tempo acarinhados.
Esta história....
E que contas tu?

O dia a dia

Foi numa vez....

Foi numa vez, como outra qualquer, que eu reparei num rapaz de boné. E pensei, giro não??????
Dessa vez reparei só.
Noutra vez reparei com mais pormenor, reparei nos gestos, expressões, naquela covinha no rosto, no riso fácil, na capacidade de fazer rir.
E foi só, nessa outra vez foi assim...
Depois começaram as conversas do autocarro, o nervoso miudinho de cada vez que o via, o coração acelerado cada vez que suspeitava que pudesse ali estar.

Até que um dia a história que parecia sem grandes fundamentos para continuar ganhou consistência e começou a grande corrida do conhecimento.

Dia 26/02/1998 - quinta-feira.
Local: Café "O Terraço"

Então a história poderia começar:

"Era uma vez, um casal de amigos que se comprometeram a se conhecerem melhor no dia 26 de Fevereiro de 1998, era uma quinta-feira..."